Educação digital que inclui e empodera

O impacto da educação digital não se mede apenas em números. Muitas vezes, ele se revela na capacidade de abrir oportunidades que antes pareciam impossíveis. No estado de Goiás, a integração de 220 mil Chromebooks e outras ferramentas do Google for Education, como Gemini for Education e Google Workspace for Education, nas escolas públicas está permitindo que mais de 600 mil estudantes aprendam, criem e explorem de formas inéditas. Esta história mostra como a tecnologia pode gerar impacto profundo, tornando-se um modelo de excelência acadêmica e inclusão.

O impulso inicial: da urgência à visão de futuro

A jornada de Goiás rumo à digitalização em larga escala acelerou com a chegada da pandemia de COVID-19. O que começou como uma resposta de emergência para garantir a continuidade das aulas rapidamente se transformou em uma estratégia de longo prazo, com investimento em infraestrutura, capacitação de professores e um objetivo claro: colocar o estudante no centro do aprendizado.

Chromebooks: o pilar de uma estratégia educativa transformadora

A base desse sucesso foi a expansão das escolas de tempo integral, proporcionando aos alunos até nove horas diárias de currículo escolar, com acesso à tecnologia, clubes juvenis e disciplinas optativas em áreas como pensamento computacional, robótica e inteligência artificial.

Um pilar fundamental dessa estratégia foram os Chromebooks. O objetivo é que, até 2026, todos os estudantes do ensino médio tenham um Chromebook em mãos. Esses dispositivos vão além da sala de aula, estendendo o aprendizado para casa por meio de internet subsidiada, fortalecendo a integração entre professores, conteúdos pedagógicos e estudantes.

Complementando essa infraestrutura, Gemini for education auxilia os professores na criação de planos de aula dinâmicos e na personalização do acompanhamento de cada estudante. Os alunos já estão profundamente tecnologizados, e a escola precisa se adaptar a esse mundo digital.

“Eles já estão imersos em tecnologia, não tem como dissociar. Ou a gente se adapta ou a gente perde o aluno.”, observa o professor de Química Leandro Cassiano Balmati:

Inclusão que inspira: o Clube de Robótica das Meninas

O verdadeiro poder da tecnologia muitas vezes está em quebrar barreiras e criar novas oportunidades. Em Goiás, a integração tecnológica teve impacto profundo e inesperado, especialmente para as jovens. Um exemplo significativo é o Clube de Robótica das Meninas do CEPI Ismael Silva de Jesus, em Goiânia. A robótica, frequentemente vista como um campo dominado por homens, agora prospera entre as alunas que utilizam os Chromebooks para seus projetos e contam com o Gemini para auxiliar nas pesquisas e consultas técnicas.

“O clube das meninas foi uma grata surpresa que nós tivemos aqui no CEPI Ismael Silva de Jesus. A tecnologia tem esse poder, né? Ela oferece, ela é inclusão”
— Vandeilson Romaniello, Professor de Matemática e Robótica

Essa experiência demonstra que a transformação vai além da modernização das salas de aula: ela inspira toda uma geração. As estudantes participam ativamente e se destacam na robótica, desafiando normas tradicionais de gênero. Além de desenvolver habilidades em STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática), essas competências preparam todos os alunos para o futuro digital, garantindo que ninguém fique para trás.

Resultados que falam por si

Os números de Goiás são impressionantes: 600 mil alunos beneficiados, 220 mil Chromebooks implantados e amplo acesso a ferramentas digitais de aprendizagem. A abordagem inovadora rendeu ao estado o título de nº 1 em Educação no Brasil, segundo o Ideb, consolidando o modelo como referência nacional.

A história de Goiás mostra que, quando a tecnologia é aplicada com intenção pedagógica e visão de equidade, ela não apenas moderniza a educação: expande oportunidades, promove inclusão e empodera toda a comunidade escolar. “Quando todos os estudantes têm acesso à tecnologia, não é apenas o aprendizado que muda — eles estão reprogramando o seu futuro”.