Uma transformação impulsionada por IA

O ensino da escrita é um dos pilares fundamentais da educação. É por meio dele que os estudantes desenvolvem a capacidade de expressar ideias, refletir de forma crítica e construir argumentos sólidos. Mas o desafio não está apenas em motivá-los a escrever mais, e sim em oferecer um feedback de qualidade que os ajude a evoluir a cada tentativa.

Para a Secretaria de Educação do Estado do Paraná, Brasil, esse desafio era evidente. Com mais de 1,2 milhão de alunos nas escolas públicas, buscava uma forma de aproveitar a tecnologia para revitalizar a prática da escrita e, ao mesmo tempo, otimizar o tempo dos professores.

O desafio: impulsionar a escrita com um feedback personalizado

Um professor com várias turmas sob sua responsabilidade, podia acumular centenas de redações para corrigir. Isso limitava a frequência com que os alunos praticavam a escrita e tornava difícil oferecer um acompanhamento detalhado do progresso de cada um. “A minha rotina de produção de atividades, de provas, era totalmente manual. Isso me tomava tempo considerável. Foi aí que o Gemini chegou e adiantou muito a nossa vida”, diz Lucas Rafael Melo de Silos, Professor de Língua Portuguesa, Redação e Literatura.

A revolução da IA: empoderando educadores com Gemini e Google for Education

A incorporação das ferramentas do Google for Education, como Gemini e Google Sala de Aula, marcou um ponto de virada nesse processo.

Hoje, os professores podem propor temas facilmente e os estudantes enviam suas redações em formato digital. Antes de o texto chegar ao professor, ele passa pelo Gemini, que faz a correção e adiciona comentários com base em rubricas predefinidas. Assim, o professor recebe uma redação já com observações claras, podendo se concentrar em orientar e acompanhar melhor seus alunos.

Além disso, o Gemini garante um padrão de correção consistente e oferece um feedback personalizado que ajuda a identificar tanto os pontos fortes quanto as dificuldades de cada estudante na escrita, na compreensão e na argumentação.

Outras ferramentas do Google for Education também se tornaram parte essencial dessa transformação. O Paraná já conta com 50 mil Chromebooks e planeja adquirir mais 40 mil, com a meta de alcançar a proporção de um dispositivo para cada dois estudantes. Junto a isso, dispõe de mais de 2 milhões de licenças do Google Workspace for Education e é o maior usuário do Sala de Aula no Brasil.

Mais motivação, mais espaço para a criatividade

O impacto é evidente: professores e estudantes demonstram altos níveis de satisfação, e o engajamento supera 80%. Os alunos valorizam a transparência e a agilidade do feedback, o que reforça sua motivação e traz uma maior sensação de equidade no processo de aprendizagem.

Com a IA, a Secretaria busca que cada estudante produza pelo menos uma redação por mês — algo antes inviável diante da sobrecarga docente —, garantindo que cada texto receba comentários construtivos em tempo hábil sem eliminar o olhar crítico da professora ou do professor.

Essa transformação digital não busca substituir a relação entre professor e aluno, mas sim fortalecê-la. Ao reduzir a carga administrativa, os docentes ganham mais tempo para planejar aulas, oferecer acompanhamento individualizado e estreitar a conexão humana em sala de aula. A IA ainda permite criar múltiplas versões de avaliações, ampliando as oportunidades de prática e de apoio.

“Antes eu gastava muito mais de 15 minutos, uma hora para fazer uma atividade, e hoje em 5 minutos faço essa mesma atividade e com mais qualidade.” afirma Lucas Melo.

Um modelo para inspirar escolas em todo o Brasil

Em resumo, os resultados — sustentados por mais de 2 milhões de licenças do Google Workspace for Education, o maior uso do Google Sala de Aula no país e a incorporação do Gemini — mostram como a tecnologia pode transformar a educação. Esse impacto posicionou o Paraná como o segundo melhor sistema de ensino do Brasil e a Secretaria já compartilha sua experiência e oferece apoio pedagógico a outros estados interessados em replicar esse modelo.

Esse compromisso vai além da eficiência administrativa: busca cultivar uma geração de pensadores eloquentes e críticos. Mostra como a tecnologia, quando implementada com uma visão centrada nas pessoas, pode reduzir o tempo dedicado à correção, melhorar a qualidade do feedback e, acima de tudo, multiplicar as oportunidades para que os estudantes escrevam, argumentem e se expressem melhor.

“Sem dúvida, juntamente com o nosso trabalho de escrita, de leitura, de literatura, Gemini proporciona aos estudantes o maior apuro na linguagem, na comunicação, no sentido de que agora eles sabem o que falar, como falar, para que falar e onde falar”, conclui Lucas Melo.