Competências para a vida e preparação para o mercado
Como preparação para as profissões do futuro, os alunos precisam de uma educação holística que inclua habilidades comportamentais práticas, como habilidades vocacionais, estratégias de comunicação e desenvolvimento de liderança. As habilidades comportamentais são cada vez mais valorizadas, e as pesquisas sugerem que níveis mais altos de inteligência emocional estão relacionados a maior capacidade de liderança e resistência à pressão.
91%dos CEOs no mundo inteiro dizem que precisam fortalecer as habilidades comportamentais dos funcionários para que elas fiquem no mesmo nível das habilidades digitais.
PwC, 2018
53%dos professores do Reino Unido acreditam que as habilidades comportamentais são mais importantes do que as qualificações acadêmicas para o futuro profissional dos alunos.
Sutton Trust, 2017
85%dos professores australianos consideram os testes padronizados ineficazes como um método para avaliar as habilidades e os conhecimentos dos alunos.
Australian Education Union, 2018
Conheça as tendências da educação por país
Da Austrália aos Estados Unidos e aos países nórdicos, veja como a educação está evoluindo em todo o mundo.
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O que dizem os especialistas
Entrevista com Amanda Timberg
Head of Talent Outreach & Programs, EMEA, Google
Na sua opinião, por que tantas escolas passaram a focar na preparação dos alunos para o mercado de trabalho?
Conseguir um bom emprego ficou mais difícil ao longo dos anos. Como um grande número de estudantes não encontrou trabalho após sair da escola ou da universidade, as instituições de ensino e os governos atentaram para isso. No Reino Unido, por exemplo, a OFSTED avalia esses dados por instituição, garantindo o acesso a oportunidades de emprego, estudo complementar ou capacitação profissional aos alunos formados. Agora as instituições de ensino têm uma responsabilidade maior na preparação dos alunos para uma dessas próximas etapas. Essa responsabilização, além do dever de garantir o desenvolvimento dos alunos, foi o que levou à mudança nas escolas.
Quais habilidades são mais procuradas por empresas como o Google?
Cada função exige qualificações mínimas diferentes. Por exemplo, os candidatos a cargos na área jurídica ou de marketing precisam ter experiências distintas. Mas entre as habilidades e os atributos profissionais que buscamos, eu destacaria curiosidade intelectual, colaboração, capacidade de lidar com incertezas, resiliência e comportamento inclusivo.
Como os empregadores avaliam se uma pessoa recém-formada está pronta para o mercado de trabalho?
Como os recém-formados geralmente não têm muita experiência profissional, os empregadores procuram outros indícios de que eles se sairão bem na função. Por exemplo, as notas e a experiência em funções de liderança ou trabalho em equipe revelam bom desempenho acadêmico ou em atividades extracurriculares. Na entrevista, os empregadores analisam se os candidatos sabem se comunicar, demonstram comprometimento e têm paixão pelo trabalho.
Descreva "competências para a vida" em até 10 palavras.
Lidar com oportunidades e desafios diários com desenvoltura e resiliência.
Entrevista com Jan Owen
CEO, Foundation for Young Australians
Na sua opinião, por que tantas escolas passaram a focar na preparação dos alunos para o mercado de trabalho?
Antigamente, quem terminava o ensino médio ou a faculdade sabia que conseguiria um emprego. As pessoas saíam prontas para o mercado de trabalho. Hoje o mundo do trabalho é muito diferente. A tecnologia está mudando nossas atribuições e as habilidades necessárias para desempenhar as funções. Um jovem de 15 anos poderá ter 17 empregos nas cinco carreiras que terá durante a vida. A série de relatórios New Work Order da Foundation for Young Australians (FYA) revelou que os jovens levam 2,6 anos, em média, para conseguir um emprego em tempo integral após terminar os estudos, o que levava apenas um ano na década de 1980. Esse dado reforça que as escolas, as universidades e os cursos técnicos precisam mudar com urgência a forma como estão preparando os jovens para o futuro, se já não estiverem fazendo isso.
Em comparação com cinco anos atrás, você vê diferença na forma como as escolas abordam a preparação para o mercado hoje?
A adesão a programas como o nosso $20 Boss mostra que muitos educadores da Austrália estão comprometidos em preparar os alunos para o mercado de trabalho. O programa cede um capital inicial de USD 20 para os alunos criarem e administrarem um negócio durante o período escolar. O objetivo principal é priorizar o desenvolvimento das habilidades necessárias ao mundo corporativo ainda na escola. Há muito a ser feito, mas os educadores já perceberam os benefícios e a importância de criar oportunidades que preparam os alunos para o futuro. Se quisermos que todos os estudantes do país tenham esse nível de preparação, precisaremos mudar o sistema inteiro. Essa responsabilidade não pode ser só dos professores, por isso a reforma intersetorial é urgente.
Como você vê a evolução das "competências para a vida" nos próximos 10 anos?
Elas provavelmente evoluirão de acordo com os impactos constantes da automação e da tecnologia nos cargos e locais de trabalho. Por isso, habilidades como alfabetização digital e comunicação serão indispensáveis para os jovens disputarem uma vaga na próxima década. Uma pesquisa divulgada no nosso relatório New Basics mostra que houve um aumento nas demandas por habilidades digitais (mais de 200%), pensamento crítico (mais de 150%), criatividade (mais de 60%) e técnicas de apresentação (25%). Essas exigências continuarão aumentando, principalmente porque os jovens precisarão ocupar o lugar do grande número de funcionários que estão se aposentando, como ocorre na Austrália.
Na verdade, a evolução das competências para a vida já começou. Nosso projeto de pesquisa aplicada New Work Mindset in Action no sudoeste de Vitória provou que as habilidades são muito mais móveis do que pensamos. Quando alguém se capacita para uma função, adquire habilidades para atuar em outras 13. Esse novo entendimento da portabilidade das habilidades é relevante agora e mudará a concepção e a importância das competências para a vida até o fim da década.
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